As operadoras de telecomunicação veem os provedores OTT (”over-the-top”) mais como uma oportunidade do que como uma ameaça, é o que conclui a nova pesquisa da Comarch. O estudo The State of Digital Transformation (”O estado da transformação digital”) foi encomendado pela Comarch à Heavy Reading.

A pesquisa descobriu que

  • 42% das operadoras de telecomunicação vêm optando por parcerias com provedores OTT, como a Netflix e o Whatsapp, por meio de empacotamento de serviços destes parceiros.
  • 24% decidiu entrar em concorrência com estes provedores, desenvolvendo aplicativos próprios.
  • 18% escolheram diversificar, convertendo-se em provedores multiplataformas para OTTs.
  • 14% preferiram se especializar, focalizando em questões de QoS do cliente, a fim de manter uma posição competitiva.

Investimento em transformação digital tem alta prioridade

Os entrevistados identificaram investimentos em inteligência e análise empresarial como sendo sua prioridade principal ao longo dos próximos 12 meses.

Sistemas que suportam serviços aos clientes e operação também foram citadas como de alta prioridade. Preocupações com a segurança, como cibersegurança e gestão de acesso de identidade foram algumas das áreas menos priorizadas para investimento.

“Os dados das empresas de telecomunicações são uns dos mais valiosos do mundo, com usuários levando consigo um telefone para qualquer lugar onde vão e usando-o para tudo, desde para fazer ligações, a transações bancárias e compras. A riqueza da informação que pode ser coletada destes dados é inestimável para as empresas de telecomunicações. Não é nenhuma surpresa que as empresas de telecomunicações estão priorizando seus investimentos em inteligência e análise empresarial”, disse Małgorzata Siwiec, Comarch.

Planos mistos para big data

Os entrevistados da pesquisa ficaram divididos sobre como lidar com os dados que eles coletaram.

  • 28% planejam usar os dados para desenvolver campanhas de marketing e publicidade.
  • 26% estão usando os dados para entender melhor seus clientes e não planejam monetizá-los.
  • 20% irão usar os dados para estender serviços baseados em localização.
  • 11% planejam vender seus relatórios sobre comportamento do usuário para terceiros, tendo a mesma quantidade de entrevistado afirmado que irão vender dados anonimizados de usuários para terceiros.

A longo prazo, as empresas de telecomunicações pretendem usar seus dados para desenvolver uma variedade maior de aplicativos de autosserviço e proporcionar ofertas mais personalizadas para seus clientes.

Prioridades da transformação digital

As empresas de telecomunicações também buscam economizar despesas, aumentando seu foco na automação de processos e na virtualização de redes. A pesquisa descobriu que as operadoras estão menos preocupadas em investir em DevOps como parte de seu processo de transformação digital.

De fato, 11 % dos entrevistados admitiram não possuir nenhuma função DevOps. Entre aqueles que adotaram DevOps, 39% relataram que isto cobre apenas partes da organização e que outras partes da empresa resistem à implementação.

 “A maior ironia da era do smartphone é que as empresas que possibilitam a conectividade da computação móvel ainda possuem um alto nível de processos manuais em suas operações, e geralmente são consideradas pelos clientes como uma dor de cabeça quando se trata de solicitar serviços e resolver problemas (que, por sua vez, frequentemente ocorrem devido a erro humano durante o processo manual). A boa notícia é que as empresas de telecomunicações não são piores que as indústrias mais estabelecidas no que diz respeito à adoção da automação e digitalização. Em vez de comparar uma operadora de telecomunicações com uma empresa de publicidade (Google, Facebook, etc.), seria mais justo compará-la com seu serviço de eletricidade local, uma companhia aérea, um banco ou uma cadeia de supermercados. Neste contexto, as empresas de telecomunicações são, na verdade, bastante hábeis digitalmente”, disse James Crawshaw, Senior Analyst, HEAVY READING.

Evolução da rede

A transformação digital e a evolução da rede possuem algumas sobreposições, de modo que inovações, como a virtualização, são vistas como capacitadores potenciais de uma maior agilidade para as operadoras de telecomunicações. A pesquisa investigou sobre quando as empresas pensavam que teriam pelo menos 50% de suas operações/serviços movidas para a nuvem.

  • Um terço disse que isso ocorreria dentro dos próximos três anos
  • 37% disseram que isso ocorreria nos próximos três a cinco anos.
  • 5% admitiram que isso levaria mais de 10 anos.

Quando se trata de implementação de NFV/SDN, não foi nenhuma surpresa que o desafio mais comumente citado (35%) é a integração com ferramentas legadas. Este foi seguido por cultura (23%), referindo-se a como a engenharia de redes, operações e fornecedores têm de reformular e repensar implantação para a nuvem.

Sobre a pesquisa

A Comarch, fornecedora global de software e serviços, encomendou da Heavy Reading a pesquisa com operadoras de telecomunicações com o intuito de produzir um artigo na The State of Digital Transformation in Telecommunications (O Estado da Transformação Digital nas Telecomunicações).

A HEAVY READING entrevistou 119 participantes de empresas, incluindo AT&T, BT, Colt, Comcast, Orang, T-Mobile, Telefonica, Verizon e Vodafone.

Quase metade (49%) dos entrevistados trabalha para operadoras Tier1 com uma receita superior a US$ 1 bilhão, tendo a maioria destas uma receita superior a US$5 bilhões.

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